quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

"Francis Bacon - Um grito suspenso na distorção da imagem"...de Beatriz Elisa

- Influência do Nazismo Alemão em sua obra.
- Homossexualismo.
- Alcoolismo.
- Provocador, obsceno e anticonformista.
- Influência de Picasso e Van Gogh.
- Inspira-se em Velázquez e Rembrandt e nas fotos de figuras em nuas em movimentos de Edward Muybridge do século XIX.
- Bacon distorce e transforma voluntariamente a figura, questionando não só a imagem, mas a própria pintura enquanto arte da representação, pois considera a imagem como sendo mais importante do que a beleza do quadro.
- Remete o espectador à vida com mais violência.
- Suas imagens são "uma tentativa de fazer a coisa figurativa atingir o sistema nervoso de uma maneira mais violenta, mais penetrante.
- Sua obra é marcada por figuras de traços intensos.
- Carne em desintegração se reconstruindo enquanto corpo, com dor e dificuldade, retomando a consciência de sua condição.
- A beleza do colorido da carne.
- "Somos carcaça em potencial."
- "Sempre que entro num açougue penso que é surpreendente eu não estar ali no lugar do animal".
- Orgia de carnes dilaceradas, feridas, tensas em constante movimento de luta, como se fossem uma única substância, um amontoado de carne, sendo impossível a distinção dos corpos.
- O sujeito termina o estádio do espelho, identificado com a imagem de seu semelhante, e vê o seu ser numa reflexão em relação ao outro.
- Bacon funde a imagem com o espelho.
- Brutalidade dos fatos e a violência íntima das coisas reais.
- Fazer do aversivo algo convidativo a se olhar.
- A obra de Bacon se passa numa ambiente que lembra ocasionalmente uma caixa espacial absolutamente vazia, ou cela de prisão, numa tentativa de isolar a figura e representar o lugar imaginário do observador como se fosse o prolongamento de seu ângulo de perspectiva.
- O espectador como voyeur de uma cena particular.
- Figura na intimidade.
- Lacan comentando a obra de Merleau-Ponty afirma que todo quadro é uma armadilha para o olhar, uma vez que somos literalmente chamados para dentro do quadro, e representados aí enquanto capturados.
- Bacon faz uso do vidro com a intenção de unificar o quadro e também afastar-se do objeto, como se soubesse de sua parcialidade e do fascínio de suas vestimentas.
- Os trípticos são utilizados como um mecanismo cenográfico e espacial, onde algo se passa.
- Seu objetivo é envolver num sistema panorâmico específico, porém destituído de qualquer cunho narrativo.
- Temas de origem trágica.
- Usa pessoas de seu círculo como modelos e fotografa reproduzindo-as pictoricamente, ressaltando traços mais marcantes, desprezando e distorcendo todo o resto, sem que possamos identificar a pessoa.
- Vontade de pintar a essência das coisas, da paisagem, da água, das pessoas, aquilo que delas emana, sua substância, sem qualquer dimensão psicológica ou de personalidade.
- "A gente vive quase todo tempo encoberto por véus".
- Se vê como um fazedor de imagens.
- Registrar imagens que exprimam o conjunto de sensações que elas provocam.
- Construir imagens sobre marcas não racionais.
- Imagens acidentais como sendo as mais reais, uma vez que não foram modificáveis pelo pensamento cotidiano.
- Tinha tendência de destruir seus melhores quadros.
- " Muitas vezes não sei o que a tinta fará, e ela faz muitas coisas que são muito melhores do que se seguissem estritamente minhas ordens".
- A maior de todas as suas obsessões é a imagem de um grito.
- Tocado pelo cheiro da morte e pelo fato que um vive de comer o outro.



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