Hoje foi a retomada. Iniciar partindo do som eu acho mais
tranquilo, eu gosto desse estímulo. Começar sem ser Bacon eu já acho difícil. Hoje
o improviso eu achei fraco. Não sei se foi o tempo sem improvisar o percurso,
não sei, sinto que demorei a engatar, a
esquentar. Algumas coisas se repetiram, movimento, som e outras poucas coisas
novas surgiram. O pedestal eu não quis arriscar, pois não encontrava o som orgânico
do outro ensaio. Um novo som surgia, porem, não interessante. Um momento muito
específico foi o grito silencioso, que causava uma mistura de cansaço, emoção e
náusea. Hoje alguns momentos eu não quis dançar e sim permanecer no estado
nirvânico atingido. Tudo deixava uma sensação de descompasso. Mais uma vez
termino estranho e esquisito, meio calado, pensativo, sem saber o que pensar. Não
sei se é piração, mas em alguns momentos eu me sinto em um local específico
como se tudo fizesse sentido. Loucura!
- Hoje foi mais psicológico que físico.
- O primeiro movimento trouxe ataques mais próximos ao meu
padrão.
- Foco zero.
-Como recolocar coisas que já passaram?
- Retomar o movimento retorcido.
- Definir mais o padrão desse ser.
- O movimento do pé parecia uma reza.
- O preto velho demorado fica interessante.
- A estranheza da insistência.
- O porco foi interessante como caos.
- O animal acuado e homem acuado.
- Não ter sentimento claro.
- A transição do porco para o homem foi boa.
- Como criar o caos na cena?
- Como se despedir do som?
- O grito no silêncio só funciona depois do som.
- Crucificação no grito silencioso.
- To ocupando sempre o mesmo espaço no círculo, explorar
melhor.
- Corpo em uma dubiedade, foco, corpo para uma direção
distinta.
- No movimento da conversa não colocar o corpo todo, fica
over.
- Presidiário de si.
- Tremedeira pode voltar.
- Fauno muito analítico com foco baixo.
- Boa utilização da cortina.
- Crio imagens fortes e não percebo.
- Movimento torcido com as pernas.