quarta-feira, 18 de abril de 2012

O CONTO



1-Exercício de escrita para o processo criativo de Carcaça
sentada
ou Carcaça sentada no abismo: o
conto será uma tentativa de
esclarecer para intérprete e diretor o ponto de vista e a
compreensão, destes, sobre o resultado das experiências de
corporificação do que chamamos até aqui “personagem baconiano”.
Essas experiências são inspiradas e baseadas na própria obra
pictórica de Francis Bacon (objeto de estudo), nas discussões sobre
a mesma, nas interpretações individuais do universo baconiano e nas
improvisações de mesmo tema. Tendo assim chegado, até aqui, muito
próximo de uma fisicalização (modo de se mover, tônus muscular,
atletismo físico, nuances de estado, respiração, foco ocular, manifestações sonoro-vocálicas,
etc.) do corpo humano/monstro/animal proposto por Bacon, bem como de
uma interiorização psicológico muito longe de qualquer
racionalidade que nos seja reconhecível e identificável, a
elaboração desse exercício de escrita vem se adicionar como mais
uma tentativa de clarificar o entendimento ou a simples intuição
daquilo que estamos tocando, tão irreconhecível e inexprimível em
um discurso racional, mas ao mesmo tempo tão aparentemente inerente
à nossa condição de “ser”.
1.1-Conto: Carcaça sentada no abismo
1.2- Leandro:

Foco narrativo de 1° pessoa: foco
interno;

Narrador Personagem.


1.3- Édi:

Foco narrativo de 3° pessoa: foco
externo;

Narrador Observador.
1.4- Orientações:

-O conto deve estabelecer um roteiro
de ações, momentos, quadros, cenas ou blocos que não
necessariamente possuem ligação narrativa racional, coerente ou
explicativa, mas cuja coerência se justificará pelo universo
narrativo criado no seu todo;

-Narrativa psicológica (tempo e
espaço psicológicos);

-Narrativa das ações no tempo e no
espaço;

-Tomar como base para a escrita o
vivido, o lido, o experimentado, o sentido, o lembrado, o intuído,
o discutido , mas sem freiar o que disso possa surgir expontânea e
genuinamente. Ou seja, dar espaço ao acaso, ao inesperado, à
surpresa que surgirem do exercício da escrita, sem, contudo, forçar
essa possibilidade;

-Uso de imagens onomatopaicas (desdobrando a pesquisa prática dos sons para uma estrutura de escrita);

-Imagens sensórias;

-Se possível e se sentir liberdade
para isso, e apenas se, experimentar uma escrita cujas
características absorvam a ideia daquilo que é narrado:
decomposição, dilatação, contorsão, justaposição, espasmo,
interiorização, caos,etc.

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