quinta-feira, 5 de abril de 2012

Ensaio dia 02-04-2012

Hoje foi o improviso mais estranho. Primeiro faço da sensação que estou agora: confuso, torto, vomitado, vontade de chorar, estranheza do meu corpo, mente confusa, corpo desmembrado, bicho, homem, monstro, sozinho, ameaçado, desintegrado. Percebi que o improviso de hoje seguiu movimentos mais tensos, rápidos e uma necessidade de explodir. O foco se transformou quase que numa hipnose. A mente não distraía, ela ia sendo corpo ao mesmo tempo. O bicho veio forte, o som veio estranho. Sensações confusas entre o ser humano que tenta ser comum com aquilo que não tem nome. Percebo uma exigência psicofísica maior do que eu tenho. Cansaço, perdido, e o tempo longo e longo. Surgiram muitos movimentos novos e novos estados.

- Já iniciei com uma fisicalidade forte.
- Tempo sentado interessante.
- Tempo de lagartixa.
- O tempo dilatado deforma o corpo naquela posição.
- Configuração do corpo.
- Identificar esse padrão de movimento e aprofundá-lo.
- A caminhada em pé com a cadeira parecia ter fundido com o corpo.
- Consegui compor com a música.
- Movimento de cabeça de galinha.
- O devir animal surgindo naturalmente.
- Variação rica de proposições.
- Fui criando dramaturgias internas.
- Movimento em cima do joelho num cambre.
- Deitado e cotovelos juntos escondendo o rosto.
- Sons animalescos.
- Som do animal que a gente nunca escutou antes.
- Pose com punhos fechados.
- Retomadas de neutralidade humana (cuidado para não ser o intérprete)
- Encontrando essa estranheza como estado.
- Movimento de deslizamento de terra (caindo aos poucos).
- Sem começo nem fim, apenas o meio.(encenação)
- Quando for o pedestal é todo em cima da cadeira, sem pé no chão.
- Passar por elementos que eu ja abordei antes em improvisos.
- Não pensar em comunicar.
- Entrar nesse estado e permanecer.
- Pesquisar animais e pessoas em jaulas.

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